Pelo menos 160 idosos da região de Bragança vão receber apoio estatal para melhorar as condições das suas casas, com o objectivo de prevenir o internamento precoce em lares, que no distrito têm listas de espera de centenas de pessoas, anunciou hoje o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva.
No âmbito do Programa de Conforto Habitacional para pessoas Idosas (PCHI), o ministério vai financiar obras para instalações sanitárias, cozinhas e outros equipamentos e reparações que terão disponível um investimento global, para 2007, de cerca de dois milhões de euros.
Este distrito foi o escolhido para a fase piloto do programa, que ainda durante este ano será alargado aos distritos da Guarda e Beja, segundo o ministro Vieira da Silva.
O governante assinou hoje protocolos com os 12 presidentes de câmara do distrito de Bragança, através dos quais o Governo financia os recursos materiais, com verbas provenientes dos jogos sociais, e os municípios concretizam as obras.
Os beneficiários serão seleccionados pelos vários parceiros da rede social concelhia.
As previsões iniciais apontam para que no primeiro ano de vigência o programa abranja um total de cerca de 600 habitações nos três distritos contemplados, mas o ministro acredita que poderão ser mais.
Seis mil idosos de Bragança dependem de instituições de solidariedade
Segundo dados da Segurança Social, no distrito de Bragança, mais de seis mil idosos dependem de instituições de solidariedade distribuídas por seis centros de convívio, 80 centros de dia, 53 lares, uma residência, três unidades de apoio integrado para acolher doentes com alta médica, 65 instituições de apoio domiciliário e 13 de apoio domiciliário que prestam também cuidados de saúde.
Os lares da região de Bragança têm listas de espera que atingem 300 idosos, uma realidade que o ministro espera minimizar com a segunda fase do programa PARES, destinado ao alargamento da rede de equipamentos sociais. Este programa criou numa primeira fase 400 novas valências em todo o país, com um investimento de 200 milhões de euros.
Segundo o ministro, um investimento da mesma ordem está previsto para a segunda fase, que se encontra na análise de candidaturas.
O ministro espera que, dentro de dois anos, o PARES permita aumentar para um total de mil nova valências com um investimento global de 450 milhões de euros.
\"Não iremos chegar a todas as necessidades, mas iremos seguramente proceder ao maior alargamento da rede de equipamentos sociais que se fez em Portugal nas últimas décadas\", afirmou.