Vinte mil visitantes e 250 mil euros de receita, são alguns dos aperitivos previstos para aguçar apetites à VII Feira da Vitela e dos Lameiros de Barroso, a realizar no Pavilhão Multiusos de Montalegre, entre os próximos dias 13 e 15. Uma vez mais, a gastronomia e o turismo andam de mãos dadas na iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Montalegre.

\"Uma carne de inegável qualidade servida à mesa da realeza\" bem poderá ser o mote de um certame que, de ano para ano, continua a atrair gente ávida de bons comeres e cuja região, está recheada de sabores, aromas, património e cultura.

A festa, porque de uma festa aos sentidos se trata, irá atrair consumidores de vários pontos do país, a maioria dos quais, do Noroeste Peninsular, da vizinha Galiza e de algumas cidades próximas do planalto.\"Estamos a uma hora de Braga e o Porto fica aqui tão perto. Os nossos pastos ficam acima dos 700 metros de altitude e a alimentação dos animais é feita de produtos naturais, disse, ontem, no Porto, na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, Fernando Rodrigues, presidente da autarquia de Montalegre.

Mas nem sempre foi assim. Montalegre continua a sofrer os custos da interioridade e este facto não passou ao lado dos responsáveis locais. \"O nosso atraso estrutural também contribuiu para a preservação dos nossos produtos. Hoje, a carne barrosã está certificada e tem uma marca de qualidade. Foi um longo processo, mas valeu a pena. A gastranomia é uma mais-valia para potenciliazar o turismo e receitas à região\", reconheceu José Justo, presidente da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Batata para Semente de Montalegre.

Além das tascas da carne barrosã, este ano está prevista uma ceia de bruxas e um espectáculo da queimada. Diante do castelo de Montalegre, o padre Fontes será capaz de esconjurar outros fantasmas.



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Na Galeria de Arte do JN.

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