Um relatório da Inspecção-Geral da Segurança Social vem confirmar as suspeitas de práticas pedófilas num centro paroquial e social de Vila Marim, Mesão Frio. Segundo a edição do Público desta sexta-feira, o relatório vem ainda referenciar o ex-presidente, padre Zeferino Barros, como «pessoa de grande apego ao dinheiro», que «alugava crianças a casais» e até as «vendia» para adopção. O suspeito garante que «é tudo falso».

O documento, a que o Público teve acesso, não implica só o pároco, que celebrava missa nesta aldeia transmontana há 22 anos, mas também menciona o seu «secretário», outrora motorista do Centro Paroquial e Social, e «outros indivíduos que frequentavam a sua casa».
O relatório aponta que as alegadas vítimas seriam as crianças internadas na valência de emergência infantil da instituição fundada pelo sacerdote nos anos 90.

Uma primeira denúncia entrou no gabinete do ministro Bagão Félix a 25 de Setembro do ano passado, pouco antes de ter rebentado o escândalo da Casa Pia. Mas só em Fevereiro último, na sequência de um «desabafo» feito por um menino de 12 anos, o assunto foi tomado como sério e feito chegar à polícia, diz ainda o jornal.

O padre Zeferino Barros diz que já processou «quem lançou essa calúnia» e ao Público considera que foi tudo inventado «porque querem ser eles a controlar, mas o Espírito Santo encarrega-se de mostrar a verdade aos corações mais puros».

O padre foi já afastado do centro e da paróquia e a responsável pela Segurança Social de Vila Real foi exonerada a seu pedido por, alegadamente, não ter acautelado a situação de risco dos menores internados neste Centro.



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