A cidade de Vila Real vai contar com 180 habitações municipais a custos controlados a partir de dezembro de 2025, num investimento de 25 milhões de euros, foi hoje anunciado.
“Estas habitações serão fundamentais para responder a quem procura habitação no concelho de Vila Real. Vinte anos antes de 2013 foram construídas quatro habitações e, em cerca de 10 anos, 180. Este é este o saldo que temos para apresentar”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, que ganhou as eleições pela primeira vez para o PS em 2013.
O autarca falava aos jornalistas no decorrer de uma visita à obra e adiantou que o município prevê também reabilitar mais algumas habitações no centro da cidade, salientando que a habitação “sempre foi uma prioridade” para este executivo.
Na sua opinião, este “empreendimento vem dar um extraordinário contributo" para o mercado da habitação no concelho, onde se concretizam também projetos de iniciativa privada como é o exemplo de cerca de 500 habitações na zona de Mateus.
Neste momento, segundo referiu, há uma lista de 230 pessoas para aceder a habitação social no concelho, sendo que, no âmbito de um outro programa, o município atribui um apoio à renda a cerca de 100 famílias.
Para a obra em curso, a Câmara de Vila Real lançou uma oferta pública de aquisição, que foi adjudicada à empresa TPS - Teixeira, Pinto & Soares, com sede em Amarante, após ter apresentado um projeto, certificado pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbano (IHRU), já com terreno incluído.
Com cinco edifícios e 180 apartamentos de diferentes tipologias, desde o T1 ao T3, o empreendimento está a ser construído desde abril na Quinta do Almor, junto à cidade, na saída para Chaves.
Será criado um regulamento municipal para a atribuição dos apartamentos.
“Espero que em dezembro de 2025 estejamos cá todos novamente para inaugurar e colocar aqui as pessoas que tanto precisam destas habitações” salientou Bruno Soares, diretor executivo (CEO) da TPS.
A expectativa é que, segundo Rui Santos, todos apartamentos sejam atribuídos até junho de 2026.
A construção dos edifícios está a ser feita com financiamento na Caixa Geral de Depósitos e quando os apartamentos estiverem prontos serão pagos pelos municípios, sendo que o projeto é financiado por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e está incluído na Estratégia Local de Habitação.
“O investimento global anda à volta dos 25 milhões de euros”, adiantou Rui Santos.
Bruno Torre, diretor de produção da TPS, referiu que, neste momento, trabalham na obra cerca de 100 pessoas e que, quando se atingir o pico de obra dentro de dois a três meses, serão à volta dos 120 a 130 trabalhadores diários.
No entanto, arranjar trabalhadores é, segundo frisou, o “desafio diário” para a empresa construtora.
Foto: AP