A ministra da Coesão Territorial disse que os 32 milhões de euros contratualizados hoje para modernização das áreas empresariais de Chaves, Melgaço e Vila Real significam que o Plano de Recuperação e Resiliência “já está” no terreno.

“Hoje é um dia em que sinalizamos a vinda do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para estes territórios com 32 milhões de euros. O PRR já está no terreno”, afirmou Ana Abrunhosa, que falava em Vila Real.

Foi nesta cidade que se realizou hoje a cerimónia de assinatura dos contratos das áreas de acolhimento empresarial de Chaves (11,1 milhões de euros) e Vila Real (7,9 milhões de euros) e Melgaço (11,8 milhões de euros de euros). O objetivo é requalificar e modernizar as zonas industriais já existentes.

O aviso do PRR dirigido às áreas empresariais totaliza um investimento de 110 milhões de milhões, que foram distribuídos por 10 municípios. Para a região Norte foram canalizados 32 milhões de euros.

Trata-se, segundo Ana Abrunhosa, de um “investimento público” que vai “beneficiar as empresas” destes territórios, tornando-os também “mais atrativos” para novos investimentos.

O investimento vai ser aplicado na criação de, por exemplo, “ilhas de energia”, para produção e armazenagem de energia, postos de carregamento para veículos elétricos ou abastecimento de hidrogénio, no reforço da cobertura com soluções de comunicação 5G e medidas de prevenção e proteção contra incêndios.

A ministra destacou a aposta na “diminuição dos custos de produção das empresas”, numa altura em que a energia representa “uma fatia importante” desses custos.

“A parte da contratualização é a parte mais fácil. A parte mais complexa vem a seguir e isso exige que o Governo e quem tenha a responsabilidade do PRR ande no terreno, a acompanhar as CCDR, que são também muito importantes nestes processos, as comunidades intermunicipais, os municípios e as empresas. O PRR foi de decisão centralizada, mas agora terá de ser de gestão descentralizada”, frisou.

Para o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, este é um “investimento importante de valorização e de afirmação” da zona industrial, que se “quer diferenciadora”.

“Precisamos cada vez mais que a nossa economia seja diversificada, para além daquilo que é o turismo, o termalismo, os serviços e comércio e a agricultura tenhamos também um setor industrial cada vez mais importante, mais atrativo e que possa criar oportunidades de emprego”, salientou.

Disse ainda que está a ser preparada a expansão desta área devido à procura.

Manoel Batista, presidente da Câmara de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, disse que o investimento é “crucial” para o território.

“Significa nós sermos capazes de criar condições para que as nossas zonas empresariais, a antiga e uma nova que estamos agora a criar, possam ser verdadeiramente atrativas”, afirmou.

E, acrescentou, só “com esta condição de atração” de empresas se consegue criar condições para que o território “possa rejuvenescer”.

“Este é um investimento para a modernização da atual zona empresarial, que a tornará mais atrativa para investidores que aqui se queiram vir instalar”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real.

Rui Santos lembrou que já está a ser feito o alargamento desta área, em mais sete hectares e 16 lotes, e que o município tem também apoio comunitário para a construção de uma nova zona empresarial, com 50 hectares, onde, numa primeira fase, serão construídos mais de 70 lotes.

“No conjunto o investimento nesta área ultrapassa os 20 milhões de euros aproveitando os programas comunitários, o PRR e ainda verbas da própria câmara”, referiu.



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