A Câmara de Vila Real iniciou as obras de instalação de dois elevadores que vão ajudar a vencer os desníveis entre ruas e a tornar a cidade mais acessível, disse hoje o presidente da autarquia.
Estes meios mecânicos de elevação representam um investimento que ronda os 750 mil euros e vão ligar o bairro dos Ferreiros até à ponte metálica e ainda entre a avenida Almeida Lucena e o Pioledo.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, referiu que esta intervenção vai ajudar “um conjunto enorme de pessoas que têm dificuldades em se mover na cidade”, como idosos, pessoas com mobilidade reduzida ou pais com carinhos de bebé.
Explicou que Vila Real “está em três patamares”, desde a cota do rio Corgo até à ponte metálica e, depois, até área do Pioledo, sendo que os elevadores visam ajudar os cidadãos a “passar estes três desníveis” na cidade “sem grande esforço e em condições de segurança”.
Para o autarca, os elevadores irão também contribuir para o turismo em Vila Real.
“Subir o elevador até à ponte metálica e ver tudo o que envolve a rua dos Ferreiros e o vale do Corgo será com certeza um fator de atração turística”, frisou.
Por causa do envelhecimento da população, que se prevê que se intensifique nos próximos anos, Rui Santos afirmou que o município está a preparar “Vila Real para o futuro”.
“Cada vez seremos mais aqueles que durarão mais com idade avançada e essas pessoas não podem ficar presas na sua casa, não podem ficar presas nos seus agregados familiares. Devem poder usufruir do espaço público”, salientou.
Com o início da obra, foi necessário interromper o trânsito na rampa do Calvário, no troço compreendido entre as ruas de Santo António e a Sargento Belisário Augusto.
Foi também proibido o sentido ascendente na respetiva artéria, no troço compreendido entre a avenida Almeida Lucena e a Rua Sargento Belisário Augusto.
A intervenção, que deverá estar concluída no espaço de um ano, está inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Vila Real que prevê um investimento global de 17,3 milhões de euros e que quer melhorar a mobilidade na cidade.
Rui Santos referiu que, em breve, estará concluída a obra na envolvente da estação e que a intervenção na Carvalho Araújo, a principal avenida da cidade, “está a correr dentro da normalidade”.
“Há uma ou outra área que tem em atraso e outra que está avançada. O anfiteatro em frente do tribunal está avançado relativamente ao que tínhamos pensado inicialmente, mas, por exemplo, já era expectável termos a via ascendente e descendente, colada ao conservatório, a funcionar”, disse.
O autarca explicou que, nas obras em curso na cidade, se tem verificado “dificuldades de mão-de-obra, relatadas pelos empreiteiros, e que, por causa da pandemia, também há “dificuldade pela disponibilização de algum material”.
Foto: José Sousa