A Câmara de Vila Real anunciou hoje um investimento de um milhão de euros na requalificação da zona da estação, com intervenção em cinco arruamentos, alargamento de passeios, criação de uma ciclovia e regulação do estacionamento.

O presidente do município, Rui Santos, afirmou, em conferência de imprensa, que é preciso “devolver as cidades às pessoas”, tornando-as “mais acessíveis”.

Melhorar a mobilidade em Vila Real é precisamente um dos objetivos do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), onde se inclui a intervenção na zona da estação.

O PEDU prevê um investimento global de 17,2 milhões de euros, financiados por fundos comunitários, e deverá estar concluído em 2022.

“Esta obra vai mudar radicalmente a imagem da zona da estação que há muito está descaracterizada e desqualificada. Vai devolver esta zona às pessoas”, salientou o vereador do pelouro do urbanismo, Adriano Sousa.

Serão alvo de requalificação a Avenida 05 de Outubro, as ruas Monsenhor Jerónimo de Amaral, Augusto Rua, Visconde Carnaxide e Madame Brouillard.

O projeto inclui a beneficiação do pavimento e o alargamento dos passeios para a livre circulação de idosos, crianças, cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé.

Será ainda criado um troço da futura rede ciclável de Vila Real, que ligará à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), à ecovia do ramal da Linha do Corgo ou às residências universitárias da Alameda de Grasse.

Está também prevista uma intervenção a nível das infraestruturas de águas pluviais e residuais e da iluminação pública.

Adriano Sousa adiantou que, na zona da antiga passagem de nível, vai ser demolida uma casa, havendo já a autorização por parte da Infraestruturas de Portugal (IP) para o efeito.

“É uma situação que tinha que ser, para disciplinar e melhorar o cruzamento onde agora, por exemplo para os autocarros é muito difícil fazer a manobra de viragem”, explicou.

O projeto prevê disciplinar os alugares de estacionamento ali existentes e a criação de paragens para autocarros, nomeadamente os turísticos, de forma a incentivar a ida a pé para o centro da cidade, atravessando o rio Corgo pela ponte metálica.

Na envolvente da biblioteca, a câmara quer também criar um parque de estacionamento gratuito.

Adriano Sousa sublinhou que a intervenção quer levar a um “maior aproveitamento” do miradouro da meia laranja, por cima das escarpas do Corgo, que atualmente “é pouco usufruído pelas pessoas”.

Foi assinado hoje o contrato de consignação com a empresa que ganhou o concurso público, a qual deverá avançar em breve com a obra que tem uma duração prevista de 540 dias.

“Estas intervenções não são desgarradas, são coerentes e fazem sentido”, frisou Rui Santos.

O autarca especificou que a intervenção na zona da estação “casa” com o projeto de requalificação do espaço público da UTAD ou com o elevador que vai ser colocado na ponte metálica, e vai permitir vencer o desnível com o bairro dos Ferreiros.



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