A Câmara de Vila Real vai lançar o projeto “Para cá do Marão embalagens não”, que contempla um investimento de 750 mil euros e visa reduzir resíduos e reciclar latas, pontas de cigarros ou chicletes.

O projeto conta com financiamento de 75,4%, aprovado no âmbito da candidatura apresentada ao Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono dos EEA Grants 2014-2021.

O município disse hoje, em comunicado, que a iniciativa pretende promover a economia circular no setor das embalagens de bebidas de plástico e latas e assenta na política dos cinco “R” - repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar.

No âmbito do projeto, que se concretizará até dezembro de 2021, vão ser instaladas máquinas de 'reverse vending' para a recolha de garrafas de plástico e latas não reutilizáveis em lojas retalhistas do concelho, de forma a garantir o seu encaminhamento para a reciclagem.

Depois, as embalagens recolhidas vão ser usadas para a instalação de um parque infantil, que será inteiramente produzido através de plástico reciclado.

O parque infantil vai ser colocado “simbolicamente” nas imediações do parque Corgo que é considerado o “pulmão da cidade”.

O projeto contempla também a implementação de estruturas para a recolha de chicletes e de pontas de cigarro cujo destino final é a reciclagem com vista, por exemplo, à produção de novos materiais como os “e-tijolos”.

A iniciativa prevê ainda a instalação de bebedouros, nos edifícios e equipamentos municipais e nos agrupamentos de escolas, de forma a disponibilizar a água da rede pública e diminuir, assim, a produção de resíduos de garrafas.

A cada bebedouro será associado um sistema de medição ('smart meter') para contabilizar a quantidade de água.

No âmbito do “Para cá do Marão embalagens não”, a população vai ser chamada a repensar os seus hábitos e a refletir sobre a sua contribuição para a pegada ecológica do planeta, através da realização de ações de recolha de resíduos ao longo do troço urbano do rio Corgo.

De acordo com a informação do município, posteriormente, será desenvolvida, por um artista plástico de renome nacional, uma exposição sobre esta temática.

Pretende-se ainda envolver as escolas, através de trabalhos, debates e concursos de ideias.

Promovido pelo município, o projeto quer também envolver a Resinorte, empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos, a Associação Douro Histórico, as cadeias de supermercados e o Laboratório de Paisagem.



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