A Câmara de Vila Real promoveu hoje uma ação de replantação de 25 árvores no largo da estação ferroviária, um parque da cidade que em dezembro foi muito afetado pelas depressões Elsa e Fabien.

A passagem das depressões Elsa e Fabien pelo concelho, entre os dias 19 e 22 de dezembro, provocaram 233 ocorrências com destaque para as quedas de árvores e estragos em equipamentos municipais.

O mau tempo provocou a queda de cerca de uma centena de árvores no concelho, algumas delas no jardim da estação.

“As árvores que caíram foram à volta de 20 e, neste momento, estamos a replantar 25 tílias com dimensão, no sentido de manter as características deste parque, de sombra e frescura, mas, ao mesmo tempo, de segurança para todos aqueles que o frequentam”, afirmou o presidente da câmara, Rui Santos.

O autarca disse que a queda das árvores foi, “sobretudo, consequência do mau tempo, nomeadamente as que estavam mais próximas da estrada".

“Não há rigorosamente dúvida nenhuma que foi o mau tempo, o seu tamanho, a sua dimensão, a sua incapacidade para resistir a ventos que se aproximaram dos 140 quilómetros hora, que provocou a sua queda”, salientou.

No entanto, do lado oposto do parque, “houve uma intervenção e, segundo o presidente, “está-se a apurar se, fruto dessa intervenção, através da compactação de solos ou através do corte de uma ou outra raiz, as árvores ficaram mais fragilizadas” e, assim, “com menos capacidade para resistir à tempestade".

As obras que decorrem na zona da estação estão inseridas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), representam um investimento de cerca de um milhão de euros, financiados por fundos comunitários, e visam a requalificação do parque, da área de estacionamento, de todo o espaço pedonal e ainda a construção de um troço da futura rede ciclável da cidade.

A intervenção nesta zona deverá estar concluída em outubro e, segundo Rui Santos, esta obra será complementar a uma outra a desenvolver no campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), no valor de três milhões de euros, que está à espera de visto do Tribunal de Contas e está também inserida no PEDU.

Durante a tempestade, a cobertura do Museu da Vila Velha foi arrancado pelo vento, o que provocou uma inundação neste equipamento cultural. Os equipamentos culturais foram particularmente afetados, com inundações também no Teatro Municipal e a queda de árvores nos muros e portão do Arquivo Municipal.

“Para já temos uma solução provisória, acionámos os seguros e estamos em fase de concretização de obra que permitirá o regresso à normalidade, quer do museu, teatro ou outros espaços da câmara municipal que ficaram danificados”, referiu o autarca.



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