A Câmara de Vila Real vai realizar ações de fogo controlado em cerca de 2.000 hectares até ao final do ano para prevenir a ocorrência de grandes incêndios no concelho, disse hoje o presidente da autarquia.

O município realizou uma ação de fogo controlado, na serra do Alvão, em área da União de Freguesias de Adoufe e Vilarinho de Samardã, queimando cerca de 120 hectares de mato.

“A ideia é exatamente prevenir. Prevenir fazendo fogo controlado, prevenir avisando e trazendo para o nosso lado os agricultores, os pastores, queimando áreas de forma controlada para evitar grandes incêndios nestes territórios”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.

Estas iniciativas estão inseridas no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) e são realizadas pelo município, em parceria com as corporações de bombeiros do concelho e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“Tentamos antecipar esses fogos e ignições, criando aqui uma zona tampão para que, quando essas situações acontecerem, esta zona sirva para conter incêndios e para regenerar os pastos evitando assim fogos e situações mais complicadas no futuro”, explicou Rui Santos.

Segundo o autarca, o objetivo é intervencionar cerca de 2.000 hectares através da técnica do fogo controlado até ao final de 2019.

A iniciativa visa prevenir a ocorrência de grandes incêndios, evitar a progressão em caso de fogo e possibilitar um combate mais seguro e eficaz.

Rui Santos disse ainda que a ideia passa por envolver os pastores e toda a população em geral.

“Para que em conjunto possamos gerir o combustível que existe nesta serra porque, se eles estiverem ao nosso lado, nós explicaremos de forma pedagógica que há áreas que devem arder, que há outras em que isso não pode acontecer por questões ambientais e ecológicas e em conjunto possamos fazer esta gestão”, sustentou.

A Câmara de Vila Real anunciou recentemente um investimento de 578 mil euros até ao final de 2019 para tornar os espaços florestais do concelho menos vulneráveis aos incêndios florestais.

A verba vai ser aplicada em ações programadas no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) e o objetivo é tornar o território mais resiliente à ocorrência de incêndios.

Em 2018, foram contabilizados 10 hectares de área ardida no concelho, que resultaram principalmente de queimadas.

Foto: UFM



PARTILHAR:

Alfândega assina protocolo para construção de nova barragem nos Vilares da Vilariça

BOREAL – Festival de Inverno