Na Assembleia-geral da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra realizada a 14 de Julho do ano passado, um grupo de sócios fez uma moção na qual era exigida a destituição dos corpos sociais, por \"não estarem a cumprir um bom serviço em prol da Associação\". O grupo queria também constituir uma lista para os corpos sociais. Mas, por ordem do tribunal, foi elaborada uma Comissão Executiva de Gestão e Eleitoral, da qual faz parte o vila-realense António Cabeço. E depois dessa Comissão ter elaborado o regulamento eleitoral, que não existia até então, apesar da Associação ter sido criada em 1993, foram criadas três listas, que irão a votos no próximo dia dois de Março.
António Cabeço é o número um da lista C, da qual também faz parte o flaviense António Esteves. O anterior presidente da Associação, José de Almeida Vieira, faz igualmente parte da mesma lista, \"por ser uma figura carismática e experiente\", explicou António Cabeço.
Apesar da sede da Associação estar localizada em Braga, António Cabeço considera que chegou a hora desta ser \"descentralizada\". \"Ainda há muito a fazer pelos associados, assim como por todos os veteranos de guerra em Portugal\", defende o cabeça-de-lista.
\"Clareza, confiança e convicção\" é o lema da equipa liderada por António Cabeço, que, caso vença estas eleições, pretende lutar pela antecipação da reforma para os 55 anos, o pagamento pelo Estado à Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações dos descontos devidos para que o tempo de serviço militar obrigatório nas campanhas de África e Índia conte para efeitos de reforma, a \"rápida\" implementação da Rede Nacional de Apoio aos Combatentes, o acesso gratuito aos hospitais militares e civis e a isenção do Imposto Automóvel, entre outros \"direitos\".
António Cabeço está confiante num \"bom\" resultado, contando para isso com os cerca de cinco mil associados transmontanos e alguns da zona centro, que, segundo o candidato, já confirmaram a sua \"confiança\" na lista C.