A Câmara de Macedo de Cavaleiros aprovou atribuir a Medalha de Mérito Municipal de Valor e Altruísmo, grau ouro, aos quatro profissionais que morreram na queda do helicóptero do INEM em Valongo, revelou hoje a autarquia.

"É o reconhecimento do papel desempenhado por estas quatro pessoas no apoio e auxílio às populações da nossa região", salientou o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, citado em comunicado.

As medalhas concedidas, a título póstumo, serão entregues durante as comemorações do "Dia da Cidade", que se realizam a 29 de junho de 2019.

"É o dia nobre do município e, também por isso, nos parece a melhor data para honrar a memória destes quatro profissionais de excelência", sustenta, no comunicado, o autarca socialista.

Na reunião, que decorreu na quinta-feira, o executivo municipal deste concelho do distrito de Bragança reconheceu que, "com elevado espírito de altruísmo e resiliência", o médico Luís Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo "assumiram um papel fundamental no apoio e auxílio às populações" da região.

"A disponibilidade, o profissionalismo e a dedicação a esta causa contribuíram para o destaque e fortalecimento deste serviço de emergência médica nesta região", refere a proposta aprovada.

No decurso da mesma reunião do executivo, foi também aprovada a atribuição de Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, conforme regulamento das distinções honoríficas de Macedo de Cavaleiros, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

"É uma distinção que já estava pensada e que reconhece o exemplar percurso do INEM, a sua existência ao serviço da comunidade e da proteção e socorro de populações com uma atuação sempre caracterizada pelo heroísmo, pela abnegação e pela solidariedade para com o próximo", vincou o autarca Benjamim Rodrigues.

A queda do helicóptero do INEM, no dia 15, em Valongo, no distrito do Porto, provocou a morte aos quatro ocupantes - dois pilotos, um médico e uma enfermeira.

A aeronave em causa era um Augusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.

De acordo com as conclusões preliminares do gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a violência do impacto, associada à posição invertida da aeronave no momento do choque com o solo, ditou a morte dos quatro tripulantes do helicóptero.

Segundo a nota informativa do GPIAAF, as conclusões preliminares apontam para essa possibilidade, descrevendo que "as forças de desaceleração excederam largamente as tolerâncias humanas, sendo o acidente classificado como de impacto sem probabilidade de sobrevivência".

Elaborada pela unidade de aviação civil do GPIAAF, a investigação de segurança menciona também que "depois de descolar, a tripulação seguiu uma rota praticamente direta entre Massarelos e Baltar, subindo até aos 1.300 pés e atingindo 130 nós de velocidade cruzeiro".

"Às 18:40, o helicóptero colide com uma torre de transmissão rádio, localizada na serra de Santa Justa, em Valongo, (...) com 66 metros de altura", que "estava licenciada e foi dotada de equipamento de balizagem luminosa no seu topo", acrescenta a nota, sustentando não ser nesta fase da investigação "claro se esta balizagem estava operacional no momento do acidente".

Foto: Raul Coelho



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