Nos dias 9, 10 e 11 de dezembro Vimioso assume a centralidade na valorização e promoção da ruralidade e dos recursos endógenos de Trás-os-Montes
É o regresso esperado de uma Feira que desde sempre se assumiu como palco de valorização e montra de promoção do que mais genuíno se pode encontrar em Trás-os-Montes, nomeadamente, produtos da terra, artesanato, cultura, potencial cinegético e turístico, sem esquecer a gastronomia, o folclore e a música tradicional.
É uma verdadeira festa da ruralidade.
Este ano são esperados cerca de uma centena de expositores, na grande maioria oriundos de Trás-os-Montes. No artesanato, assumem destaque os escrinhos de Vilar Seco (únicos), mas também artesanato em madeira, tecelagem, olaria, tanoaria, cutelaria e até cosmética natural, entre outros. Há diversos produtos da terra, castanha (com um concurso de doçaria de castanha), feijão, frutos da época, queijos, mel, vinhos, azeite, fumeiro.
Alguns artesãos vão trabalhar ao vivo, assumindo o certame, nesta componente, um papel educativo muito importante, mostrando artes e ofícios que, com o tempo, correm o risco de desaparecer. Em Vimioso no artesanato destacam-se os escrinhos, característicos deste concelho, noutros tempos com diferentes funcionalidades, atualmente essencialmente usados como peças decorativas. As mantas feitas em teares artesanais são igualmente peças com grande importância social no concelho, sendo intenção da organização montar um tear na feira para que os visitantes possam ver o trabalho ao vivo e adquirir um exemplar, para usar, por exemplo, no projeto “Lançar a Manta”, promovido pelo município.
O espaço de exposições vai ser animado por grupos locais de gaiteiros e também com a atuação dos Pauliteiros.
Nos grandes espetáculos musicais, na noite de abertura, dia 9 de dezembro, atua o artista Camané e na noite de sábado, dia 10 de dezembro, atua o José Malhoa.
Este ano há um espaço inteiramente dedicado às crianças, onde se cruza a diversão com a aprendizagem, permitindo aos pais passear tranquilamente pelo certame, com a garantia de que os filhos estão a brincar e a aprender em segurança.
Atividades outdoor para “explorar” os recursos do concelho
O pavilhão de exposições é o ponto de partida e chegada para diversas atividades que fazem parte do cartaz do evento, mas que acontecem no exterior.
É o caso da Montaria ao javali, este ano na área da freguesia de Algoso, com 200 partas atribuídas. A atividade cinegética é de enorme importância no concelho de Vimioso e este certame já se tornou num marco territorial, ao que ocorrem caçadores de diversos pontos do país. Um dos momentos altos é o leilão da montaria, em que acontece no sábado ao final da tarde.
Ainda no sábado, com inicio às 8h00, arranca o “Trilho dos Furões” um passeio Todo o Terreno para os apreciadores dos desportos motorizados ao ar livre, num concelho com características orográficas ideais para garantir emoções fortes.
No domingo, sem motores, mas igualmente para os amantes de desportos outdoor, há um passeio de BTT, com garantia de grandes desafios compensados com paisagens extraordinárias.
Muito mais calmo promete ser o Passeio Micológico, cujo objetivo é identificação e recoleção de cogumelos silvestre que no final da jornada serão expostos na feira.
À mesa serve-se carne certificada de Vitela Mirandesa
Numa parceria com a Cooperativa Agropecuária Mirandesa, entidade gestora da raça de bovinos Mirandesa, sedeada em Vimioso, o município integrou este Festival na Feira de Artes, Ofícios e Sabores, pela mais-valia que representa a carne mirandesa para toda a região. Recordamos que o solar da raça abrange seis concelhos: Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso, Bragança, Macedo de Cavalheiros, Vinhais.
A Posta à Mirandesa é um dos produtos gastronómicos que pela sua genuinidade, autenticidade e excecional qualidade e sabor, mais reconhecidos a nível nacional e até internacional, podendo ser uma mais-valia para a própria Feira: “Quem visita o território raramente vai embora sem comer a Posta à Mirandesa”, reconhece o presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo. Alias, a qualidade e a fama do produto leva a que muitas vezes existam abusos e até se engane o consumidor, usando carnes que não são de bovinos mirandeses, e atribuindo-lhe uma denominação ao prato que facilmente se pode confundir com a designação oficial e certificada. Neste Festival, garantidamente, os visitantes vão comer a verdadeira e única Posta à Mirandesa, para além de poderem degustar outros pratos, igualmente saborosos, de bovino mirandês.