A população das aldeias de Zava e Figueira, em Mogadouro, estão indignadas com o do facto do traçado do futuro IC5 lhes poder vir a afectar os acessos às propriedades agrícolas situadas no sopé e encostas da serra de S. Cristóvão.

Segundo o projecto, dois caminhos, com cerca de seis quilómetros, poderão ser cortados numa zona vital para a circulação de veículos e máquinas agrícolas, impedindo os trabalhadores de aceder a estábulos e outras esttruturas agrícolas e pecuárias.

Outra preocupação é o facto de os caminhos agrícolas servirem ainda outros equipamentos e infra-estruturas, como antenas de telecomunicações, posto de vigia da Autoridade Nacional de Protecção Civil, miradouros e um santuário. Além disso, há quem garanta que, caso sejam cortadas aquelas duas entradas na serra, a mancha florestal, uma das mais importantes do concelho, fica ameaçada, situação que levou mesmo o comando dos bombeiros de Mogadouro a informar disso mesmo a Junta de Mogadouro.

A situação foi despoletada numa altura que homens e máquinas se encontram no terreno para iniciar os rompimentos do futuro traçado do IC5 no troço Mogadouro/Miranda do Douro.

Apesar de nenhum dos mais de 20 proprietários ser contra o IC5, ninguém está disposto a abdicar do direito ao acesso às propriedades, reiterando que \"há soluções\".

\"Este assunto é pertinente para as populações. A Assembleia de Freguesia já reuniu e deu-me poderes para, caso a situação não seja resolvida, utilizar os meios legais para impedir o avanço do traçado\", explicou Francisco Lopes, presidente da Junta. O autarca foi mais longe dizendo mesmo que já comunicou a situação à EP.



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