A PORDATA, base de dados de Portugal contemporâneo, disponibiliza os 54 indicadores-chave do município de Macedo de Cavaleiros, sendo possível comparar, de forma simples e imediata diversos temas, como a densidade populacional, a educação, a saúde, entre outros, e a sua evolução em quase uma década, entre 2010 e 2018.

A Pordata estabeleceu com o Diário de Trás-os-Montes esta parceria para divulgação destes indicadores-chave para Trás-os-Montes, baseados em mais de 20 fontes oficiais, que comparam dados de 2010 com a realidade mais recente (2018).

 

Macedo de Cavaleiros atrai mais turistas 

Situado no Nordeste Transmontano, Macedo de Cavaleiros é um dos concelhos com muitos elementos arqueológicos, que comprovam a sua povoação há muitos anos. Com um património natural disperso pelas 30 freguesias, e com uma beleza natural diversificada, atrai cada vez mais turistas. Além dos passeios pedestres pela Serra de Bornes, é no concelho de Macedo de Cavaleiros que fica situado o Geopark Terras de Cavaleiros.

Com uma área total de 700 Km2 e com de 42 geossítios, que testemunham a história local. Em 2015 foi reconhecido como Geoparque Mundial da UNESCO.  

A Albufeira do Azibo é outro local de excelência no concelho. Com bandeira azul é procurado por muitos turistas no verão para a prática de deportos não motorizados - canoagem, vela ou windsurf.

A Praia Fluvial da Fraga da Pegada e a Praia Fluvial da Ribeira, são as mais concorridas devido as excelentes condições para os veraneantes. Nas áreas limítrofes da Albufeira do Azibo, pode-se ver determinadas espécies de fauna e flora especificas daquela zona. 

Na aldeia de Podence fica situado o Museu do Careto. Considerado o berço dos diabólicos e misteriosos Caretos de Podence, que anualmente irrompem pelas ruas da Aldeia. O som ruidoso dos chocalhos que trazem à cintura, anuncia a chegada dos malévolos mascarados, com um traje feito de colchas vermelhas, adornados com franjas de lã tricolor e máscaras artesanais feitas em latão ou couro, pintadas de vermelho, onde sobressai um nariz pontiagudo e pela cabeça, os caretos usam um capuz, com uma longa cauda. 

O ano de 2019 foi especialmente importante para este grupo, foram classificados como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, como resultado de varios anos de trabalho e persistência da Associação liderada por António Carneiro. Os Caretos de Podence são hoje uma referência em Portugal e um local de visita de todo mundo. Constituem agora uma das maiores portas de entrada de Turistas do concelho e Trás-os-Montes.

Em Chacim, existiu um dos mais importantes Filatorios do reino, no século XIV  a industria da sede representava um importante actividade proto-industrial em Trás-os-Montes.

A PORDATA divulgou os 54 indicadores-chave sobre o Município, onde se pode comparar os dados de 2010 com os dados mais recentes de 2018. 

  

População 

Os dados demográficos apresentados, revelam que o município perdeu mais de mil e trezentos habitantes, de 15.923 em 2010 para 14.533 em 2019, alguns deles jovens com menos de 15 anos de 12% em 2010 para 9,3% em 2018. 

O número de estrangeiro que se fixaram no concelho, teve uma ligeira subida, de 137 em 2010 para 136 em 2018, ou seja, por cada 1000 habitantes 9 são estrangeiros. 

O número de nascimentos verificados neste período teve uma diminuição de 20 crianças, de 93 em 2010 para 73 em 2019 e os óbitos aumentaram de 209 para 222. 

A percentagem da população em idade ativa (15 aos 65 anos) teve uma descida de 1,4%, ou seja, de 60,7% em 2010 para 59,3% em 2018. A população idosa com 65 anos ou mais aumentou de 27,3% em 2010 para 31,4% em 2019, há 349 idosos por cada 100 jovens, são mais 192 idosos do que a média nacional que está fixada em 157 idosos.  

No município por cada 100 residentes, há 9 jovens com menos de 15 anos, 59 adultos e 33 idosos em 2019. 

 

Serviços 

Os dados estatísticos revelam que houve uma diminuição de quase sete centenas de alunos no município, de 2.492 em 2010 para 1.815 em 2018, matriculados nos ensinos pré-escolar, básico, secundário e superior. Em relação aos estabelecimentos de ensino verifica-se uma diminuição do ensino pré-escolar de 13 em 2010 para 8 em 2018, os estabelecimentos do 1º ciclo diminuíram de 6 em 2010 para 4 em 2018.

Em relação aos estabelecimentos do 2º ciclo diminuíram de 2 em 2010 para 1 em 2018 e os estabelecimentos do 3º ciclo mantiveram com o mesmo número (2) e o ensino secundário aumentaram de 1 em 2010 para 2 em 2018. 

Em relação ao ensino superior houve uma diminuição em 100%, de 572 alunos em 2010 para 0 alunos em 2018. A causa desta diminuição, deve-se ao fecho do Instinto Jean Piaget/Nordeste. 

O número de trabalhadores da administração pública local, verificou-se um aumento de mais de 65 trabalhadores, de 311 em 2010 para 246 em 2018. Em relação às empresas não financeiras no concelho duplicaram em quase uma década, são mais 1555 que em 2010, perfazendo um total de 3.156 empresas, aumentando também o número de trabalhadores independentes de 2.826 em 2010 para 4.579 em 2018.

Em relação ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego, diminuiu em 35%, de 814 em 2010 para 531 em 2019, são menos 283 desempregados. 

O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, aumentou de 778 euros para 857 euros, ficando abaixo da média nacional em 310 euros. O número de pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações manteve-se, para cada 100 residentes com 15 ou mais anos há 43 pensões atribuídas. Em relação ao número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) diminuiu de 556 em 2010 para 476 em 2018. 

Alguns serviços mantiveram o mesmo número como as farmácias (4), os bancos e caixas económicas diminuíram de 9 em 2010 para 7 em 2018, as caixas automáticas multibanco diminuíram de 18 em 2010 para 13 em 2018.  

No setor do turismo verificou-se um elevado aumento, com a implementação de mais 12 alojamentos turísticos do que em 2010, perfazendo um total de 14 em 2018.

No entanto o pontencial turistico do Azibo ainda não está a ser aproveitado, são necessarios mais hoteis com mais capacidade de camas, e estudar uma ligação a Macedo, sobretudo falta um plano integrado para toda a Albufeira e a ligação à marca "Caretos de Podence", estando tão proximos não se nossa a complementaridade. 

 

Autarquia

Em relação a Autarquia, os dados revelam que em 2018 teve um saldo financeiro positivo, de 1.312 mil euros, com um aumento das receitas para 17,1 milhões de euros e das despesas para 15,8 milhões de euros.

Cerca de 14% das despesas da Câmara Municipal foram destinadas à cultura e desporto, valor superior ao de 2010, 7% do total das despesas. Em relação às despesas do município, 10% são relativas ao ambiente, 2 pontos percentuais acima do valor registado a nível nacional (8%). 

 

Seguem alguns destaques com os dados mais recentes sobre o município:

 

  • Feriado municipal: 29 de Junho
  • 14.533 habitantes1
  • Por cada 1000 residentes, 9 são estrangeiros2
  • Por cada 100 residentes, há 9 jovens com menos de 15 anos, 59 adultos e 33 idosos com 65 ou mais anos1
  • Nasceram 73 bebés e morreram 222 pessoas1
  • Há 349 idosos por cada 100 jovens, mais 192 idosos do que a média nacional1
  • 531 desempregados inscritos nos centros de emprego (6,2% da população residente entre os 15 a 64 anos), 35% a menos que os inscritos em 2010 (814)1
  • 1.815 alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário2
  • Por cada 100 residentes com 15 ou mais anos, há 43 pensões atribuídas pela Segurança Social e pela Caixa Geral de Aposentações2
  • 857€ é quanto ganham em média os trabalhadores por conta de outrem no município, 310€ abaixo do ganho médio a nível nacional2
  • 14 alojamentos turísticos, mais 12 do que em 20102
  • 4 farmácias2
  • 7 bancos e caixas económicas, menos 2 que em 20102
  • Saldo financeiro positivo da CM: +1.312 mil € (receitas: 17,1 Milhões €; Despesas: 15,8 Milhões €)2
  • 14% das despesas da C.M. foram destinadas à cultura e desporto, valor superior ao de 2010 (7% do total das despesas) 2
  • 10% das despesas do município são relativas ao ambiente, 2 pontos percentuais acima do valor registado a nível nacional (8%)2
  • O valor médio de avaliação bancária da habitação foi de 805 € por m2, 387 € inferior à média nacional2

 

Reportagem de Bruno Taveira e António Pereira



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