A operação policial começou logo ao início da manhã, junto a uma residencial do bairro de São Bento, em Chaves, na avenida de saída para a fronteira de Vila Verde da Raia. Era ali que José Andrade Faria, de 50 anos, se tinha hospedado. Depois de algum tempo de espera, cerca das 11h00, agentes da BIC surpreenderam o foragido, imobilizaram-no e levaram-no para a esquadra.

Na operação, os polícias apreenderam um Alfa Romeo 164 Turbo e um Toyota Celica 2.0 GT, bem como um revólver, ferramentas, peças de roupa, uma máquina fotográfica e outras peças presumivelmente furtadas. Nos automóveis foram ainda encontrados modelos de chaves de automóveis prontas a ser copiadas e alguns documentos que as autoridades julgam ser falsos.

Como falsos são o bilhete de identidade e a carta de condução com que José Faria se identificava. Nos documentos que levam a sua foto, consta o nome de Pedro Ferreira Ribeiro, que não lhe corresponde.

Por indícios encontrados nas viaturas apreendidas, os homens da BIC descobriram que o evadido se tinha deslocado a algumas zonas da Galiza e também a Burgos, em Espanha, onde poderá ter cometido alguns delitos.

As viaturas apreendidas não estão registadas em nome do detido. Contudo, ao fim da tarde de terça-feira, a PSP ainda não tinha conseguido contactar com as pessoas que figuram nos documentos como titulares dos carros. O sub-chefe Norberto Fernandes, que dirigiu a investigação da polícia, suspeitava, no entanto, que um dos veículos seja "martelado".

A polícia "chegou" ao José Faria por causa de um Mercedes roubado que este vendeu, na semana passada, em Vila Real. O comprador, quando foi registar a viatura na Conservatória, ficou a saber que tinha adquirido um carro que tinha sido roubado. Pelo que alertou as autoridades policiais. Quando foi detido, José Andrade Faria ainda tinha consigo, dentro de um envelope, 3.660 euros, que a polícia julga serem ainda parte do recebido pela venda do carro.

José Andrade Faria foi preso em 20 de Janeiro de 1995. Em 17 de Abril de 2000 foi condenado a 14 anos de prisão pelos crimes de furto qualificado, falsificação de documentos, abuso de confiança e roubo de automóveis.

No ano passado, em 26 de Junho, aproveitou uma saída precária de cinco dias na cadeia de Paços de Ferreira e não regressou, tendo andado a monte até que a PSP lhe deitou a mão.

Depois de todas as formalidades legais, o detido foi entregue pela PSP à cadeia de Chaves que, posteriormente, o reconduziu ao estabelecimento prisional de Paços de Ferreira.



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